sábado, 27 de fevereiro de 2016

CHOQUE GLOBAL

G20: Saída da Grã-Bretanha da UE geraria 'choque global'

Os ministros das Finanças do grupo que reúne as maiores economias do mundo - o G20 - fizeram um alerta de que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) poderia representar um "choque" para a economia global.
Os britânicos devem definir em referendo no dia 23 de junho se saem ou ficam no bloco europeu.
O alerta do G20 foi incluído na declaração conjunta divulgada neste sábado após um encontro de dois dias na China, na qual o ministro da Fazenda brasileiro, Nelson Barbosa, esteve presente.
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, ressaltou em entrevista à BBC durante o evento, que a questão do referendo é de "extrema gravidade

"Os líderes financeiros das maiores economias do mundo deram seu veredito unânime dizendo que a saída da Grã-Bretanha seria um choque para a economia global. E se seria um choque para a economia global, imagina o que seria para a Grã-Bretanha", disse. "Seria uma jornada aventureira pelo desconhecido (...). Isso é extremamente grave".
Osborne negou que o governo britânico tenha pedido para o G20 incluir a questão do referendo em seu comunicado oficial. "Há países na mesa (de negociações), como os Estados Unidos (...) e a China que francamente não fazem o que qualquer um pede para eles fazerem", disse.
Segundo uma autoridade ligada a comitiva britânica, a questão teria sido levantada no encontro do G20 justamente pelos americanos e chineses, além de Christine Lagarde, presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, do Partido Conservador, apoia a permanência do país na UE. Há, porém, outros líderes do mesmo partido que são a favor de uma saída do bloco, como o prefeito de Londres, Boris Johnson
Para o ex-ministro das Finanças Nigel Lawson, o alerta do G20 não faz sentido porque 15 de seus membros nem sequer fazem parte da UE. "Os britânicos não vão gostar que o G20 diga o que eles devem fazer. E essa ideia de que a saída da Grã-Bretanha da UE pode causar um choque econômico é absurda", disse.
"Quinze membros do G20 estão fora da UE e isso não causou choque econômico. Na realidade, a maior parte deles está indo melhor economicamente do que muitos membros da UE."
Para o líder do Partido Independente do Reino Unido (Ukip), Nigel Farage, que também defende a saída do bloco europeu, o anúncio do G20 "não foi uma surpresa". "São camaradas se ajudando", diz ele. "Isso não impressiona os eleitores."

Ku Klux na Califórnia

Ao menos dois são esfaqueados em manifestação da Ku Klux na Califórnia

Vítimas seriam integrantes de um protesto contra o encontro da KKK.
Testemunhas dizem que mastro de bandeira foi usado como arma


Protesto na Califórnia deixou pessoas feridas (Foto: Reprodução/Twitter/James Queally)

A polícia diz que duas pessoas foram esfaqueadas neste sábado (27) em uma manifestação da organização racista Ku Klux Klan em Anaheim, na Califórnia.

O sargento Daron Wyatt, do Departamento de Polícia de Anaheim, disse à agência AP que duas pessoas que participavam de um protesto contra a reunião da KKK foram atacadas em incidentes separados. Uma pessoa foi detida, acusada de um dos ataques.

Ainda segundo a AP, Wyatt disse que em outra briga um membro da KKK foi pisoteado por integrantes do protesto. Três pessoas foram detidas nesse caso.

Não foram divulgadas informações oficiais sobre as condições das vítimas

 
Segundo James Queally, repórter do L.A. Times que estava no local e publicou fotos em seu perfil no Twitter, dois membros da KKK teriam sido presos pelos esfaqueamentos, enquanto três contra-manifestantes foram detidos por agressão.

Queally afirma ainda que há duas vítimas em condições estáveis e uma em estado crítico, e que testemunhas dizem que um mastro de bandeira foi usado como arma por um dos membros da KKK.



Pessoas fizeram contra-protesto em encontro da organização KKK (Foto: Reprodução/Twitter/James Queally

ANIVERSÁRIO DA MORTE DE NEMTSOV

Milhares saem às ruas na Rússia para lembrar morte de opositor

Crítico de Putin, Boris Nemtsov foi morto a tiros em Moscou em 2015.
Manifestantes lembraram aniversário da morte, ainda não esclarecida.


Milhares de russos saíram às ruas para lembrar o aniversário da morte do opositor Boris Nemtsov (Foto: Dmitry Serebryakov/AFP

Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado em Moscou para lembrar o primeiro ano desde o assassinato do opositor Boris Nemtsov, baleado perto do Kremlin, em um crime ainda não esclarecido.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governo de Vladimir Putin, vigiados pela polícia, que enviou um helicóptero para acompanhar o protesto.
Nemtsov foi morto com quatro tiros nas costas quando voltava para casa com sua namorada, italiana.
Com bandeiras da Rússia, cartazes, fotos e flores, os manifestantes lembraram o opositor, morto aos 55 anos.
Nemtsov, ex-vice-premier, foi um dos protagonistas da onda de protestos que marcou a campanha eleitoral de Putin em 2011-2012, quando ele se candidatava ao terceiro mandato como presidente.
Segundo o Ministério do Interior, o protesto reuniu 7,5 mil pessoas em Moscou, mas a AFP contabilizou mais de 20 mil. Em São Petersburgo, autoridades divulgaram um número de 4 mil pessoas.
Semanas após o assassinato de Nemtsov, que causou comoção em todo o mundo, cinco suspeitos, todos chechenos, foram presos pela Justiça russa. Depois, os acusados denunciaram torturas.
Pessoas do entorno de Nemtsov afirmam que os autores do crime têm ligação com o presidente checheno, Ramzan Kadyrov. Para os simpatizantes do opositor, ele teria sido morto por ordem de altos cargos do governo, a fim de silenciar os dissidentes.
Alguns cartazes também denunciavam a crise econômica que atinge a Rússia há quase dois anos.
Manifestantes deixam flores na ponte onde Boris Nemtsov foi morto com quatro tiros em 2015 (Foto: Pavel Golovkin/AP

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MORTE NOS EUA

Homem mata 4 e atira em si próprio após chamar a polícia nos EUA

Atirador e vítimas ainda não foram identificadas, segundo a polícia local.
Uma criança de 12 anos foi encontrada com vida no local do crime



Local do crime no condado de Mason, área rural do estado de Washington, nos EUA (Foto: Ted S. Warren/AP
Pelo menos cinco pessoas morreram, entre elas o suposto atirador, em uma casa de família de uma área rural do estado de Washington, no noroeste dos Estados Unidos, informaram as autoridades locais na noite desta sexta-feira (26).
Um homem, que de acordo com as primeiras informações vivia na casa, matou quatro pessoas, chamou a polícia e depois se matou, segundo o ajudante do xerife do condado de Mason, Ryan Spurling.
A identidade do atirador e das vítimas não foi confirmada até o momento, segundo a polícia.
Os policiais chegaram à casa depois da ligação do homem e, após três horas de negociações, ele acabou se matando.
No interior da casa, a polícia encontrou os corpos das quatro vítimas e uma menina de 12 anos, com vida, que foi transferida a um hospital por precaução.

O SUMIÇO DAS ABELHAS

Diminuição de abelhas e outros polinizadores ameaça agricultura

Ação dos polinizadores é responsável de 5% a 8% da produção agrícola.
Especialistas divulgaram relatório preocupante em reunião na Malásia

Os polinizadores, abelhas e outros insetos estão diminuindo, com algumas espécies em risco de extinção, o que ameaça parte da produção agrícola mundial, advertiram nesta sexta-feira (26) especialistas que avaliam para a ONU o retrocesso da biodiversidade


Diminuição de abelhas e outros polinizadores ameaça agricultura (Foto: Mike Blake/Reuters)

A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES, em inglês) chegou a esta inquietante conclusão em seu primeiro relatório, divulgado na segunda-feira em Kuala Lumpur, na Malásia, e em um documento para frear uma espiral prejudicial para a alimentação das populações.
"Um número crescente de polinizadores está ameaçado de extinção, em nível mundial, devido a vários fatores, muitos deles causados pelo homem, o que coloca em risco os meios de existência de milhares de pessoas e centenas de bilhões de dólares de produção agrícola", estima este grupo de especialistas em um comunicado.
Segundo o IPBES, de 5% a 8% da produção agrícola mundial, ou seja, entre 235 e 577 bilhões de dólares, são diretamente dependentes da ação dos polinizadores nas colheitas (cereais, frutas, etc).
"Sem os polinizadores, muitos de nós não poderíamos consumir café, chocolate ou maçãs, entre outros alimentos de nossa vida diária", comentou Simon Potts, vice-presidente do IPBES e professor da Universidade de Reading (Reino Unido).
De maneira geral, ao menos três quartos das colheitas mundiais dependem de polinizadores para o crescimento das plantas, os rendimentos ou a qualidade, indicam estes especialistas.
O IPBES está encarregado de fazer relatórios sobre o declínio de espécies animais e vegetais, assim como sobre seus ecossistemas, que constituem a biodiversidade mundial

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

EXPULSÃO DE MIGRANTES

Justiça francesa autoriza expulsão de migrantes do acampamento de Calais

'Tudo está validado', diz fonte a agência e jornais locais.
Campo abriga pelo menos 3.700 imigrantes; governo quer reduzir a 2 mil.


 
Mulher empura carrinho de bebê em campo de refugiados em Calais, na França (Foto: DENIS CHARLET / AFP)

A ordem de expulsão de migrantes instalados na zona sul do acampamento de refugiados de Calais, conhecido como "Selva", foi validada pela Justiça, informou uma fonte próxima à prefeitura de Passo de Calais à agência France Presse e aos jornais locais.

Após as autoridades francesas determinarem que centenas de migrantes abandonassem o acampamento nesta terça-feira (23), um grupo de refugiados e associações constestou a ordem e conseguiu um adiamento para que a justiça avaliasse a legalidade da operação.
"Tudo está validado", disse a fonte à AFP. Ou seja, o tribunal administrativo de Lille recusou o recurso contra a ordem de retirada apresentado pelos grupo

Construído nas dunas, próximo ao porto de Calais (norte da França), o acampamento com cabanas precárias abriga pelo menos 3.700 imigrantes, segundo as autoridades, mas um número ainda maior, de acordo com organizações que ajudam os refugiados.
Os migrantes que encontraram abrigo na "selva", procedentes em sua maioria da Síria, Afeganistão e Sudão, querem chegar à Inglaterra. Muitos tentam alcançar o objetivo subindo clandestinamente nos caminhões que circulam entre os dois países em balsas ou pelo túnel do Canal da Mancha.
Condições indignas O governo francês deseja reduzir a 2.000 pessoas a população do acampamento, o principal problema em termos de migração da França, país relativamente pouco afetado pelo grande fluxo de refugiados que entraram na Europa nos últimos meses.
A prefeitura deseja transferir entre 800 e 1.000 migrantes para abrigos em várias cidades da França. Mas, de acordo com as associações, a parte sul do acampamento contaria na realidade com um número muito maior de pessoas. "3.450 pessoas, incluindo 300 menores sozinhos", destacou a ONG britânica Help Refugees. E poucos aceitam deixar o local.
"Não podemos aceitar que uma favela continue sendo construída nas portas de Calais", declarou o primeiro-ministro Manuel Valls, antes de destacar que é necessário "dar uma resposta humanitária a esta situação", porque os imigrantes vivem em condições "indignas".

QUESTÃO MIGRATÓRIA

Grécia chama embaixador na Áustria para discutir questão migratória

Áustria organizou reunião e não convidou a Grécia para participar.
Ministro austríaco diz que país não quer 'reduzir fluxo de migrantes'.



Migrantes e refugiados esperam em fila no amanhecer desta quinta-feira (25) para receber comida de uma ONG (Foto: Thanassis Stavrakis/AP

A Grécia convocou seu embaixador na Áustria para prestar esclarecimentos sobre as divisões na União Europeia no combate à crise migratória, de acordo com a BBC. A medida foi tomada depois que Áustria organizou uma reunião para discutir as dificuldades para gerenciar o elevado fluxo de migrantes e não convidou a Grécia a participar.  

Na avaliação grega, a atitude não foi amigável uma vez que a Grécia é a principal porta de entrada de migrantes na Europa. Em 2015, mais de um milhão de refugiados e imigrantes do Oriente Médio e da África foram para a Europa. Desde o início de 2016, 102.547 migrantes e refugiados que atravessaram o Mediterrâneo desembarcaram na Grécia, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O governo grego tem cada vez mais dificuldades para receber o intenso fluxo de migrantes, que se acumulam em seu país. E, enquanto isso, a distribuição de solicitantes de asilo nos outros países da UE não é colocada em prática. Apenas 600 migrantes que chegaram à Itália e à Grécia foram transferidos a outros países, de um total de 160.000 que devem ser realojados em dois anos, , de acordo com a agência France Presse